CBF aguarda estudos para sentenciar sobre grama sintética

A grama sintética vem causando polêmica no futebol brasileiro, isso porque os atletas de diversos clubes resolveram se reunir em campanha para proibir o uso nos estádios. Com isso a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) resolveu fazer um estudo sobre a grama sintética e natural para detectar as diferenças.

A parte médica deve ter uma precisão maior dos riscos que levam o atleta a estar mais propício a lesões, de acordo com a CBF. O motivo é o resultado de um levantamento feito ao longo do Brasileirão 2024, que deve sair em breve.

A entidade recolheu dados junto aos clubes para o estudo que visa mostra a incidência: onde, causa, tempo de recuperação e qual parte do corpo.

"Os trabalhos mostram vantagens e desvantagens. Não tem algo peremptório. O que se tem é muito baseado em futebol americano, coisas desse tipo. Vamos ter uma amostragem agora, porque estamos trabalhando com mais campos (três). Está sendo feito um trabalho estatístico para ver se há uma prevalência de lesões apontadas. É uma discussão em aberto", falou Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF, ao UOL

Visão dos clubes:

O Palmeiras se mostrou contra o protesto dos jogadores e em nota falou sobre a qualidade do gramado

“Respeita a opinião dos atletas que manifestaram preferência por campos de grama natural e considera urgente o debate sobre a qualidade dos gramados do futebol brasileiro; este problema, contudo, não será solucionado com críticas rasas e sem base científica”

O Botafogo também se pronunciou em defesa do gramado sintético

“Embora respeite a opinião dos atletas que se manifestaram e reconheça a importância do debate, o Botafogo sugere a todas as partes (imprensa, jogadores, torcedores de todos os clubes) que se aprofundem sobre o tema e reafirma a sua posição de defesa do gramado sintético”

O Atlético Mineiro foi outra equipe que se pronunciou sobre o tema

“O clube respeita a opinião desses atletas, porém ressalta que não há estudos científicos que comprovem aumento do risco de lesões em gramados artificiais”, disse o Galo.